Maradona desfilando sem roupa no Obeslico em Buenos Aires? Fica para a próxima.
Na última Copa, a Alemanha também eliminou a Argentina nas quartas de final, mas com uma sofrida decisão por pênaltis. Neste sábado, no Green Point, não deu nem tempo de roer as unhas: Müller abriu o placar antes do terceiro minuto de jogo e fez o gol mais rápido do torneio na África do Sul. Depois recebeu um cartão amarelo e está fora da semifinal. Klose marcou duas vezes e agora tem 14 em Copas, um a menos que o recorde de Ronaldo. O zagueiro Friedrich também deixou o seu. Schweinsteiger não marcou, mas foi o maestro do time e acabou sendo eleito o melhor da partida pelos internautas no site da Fifa.
A torcida argentina era maioria no estádio, mas quem riu por último foi o meia Michael Ballack, que ficou fora da Copa por contusão, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ambos presentes no estádio. Melhor jogador do mundo em 2009, Lionel Messi teve atuação apagada e deixou a competição sem nenhum gol marcado.
A seleção de Joachim Löw agora espera o vencedor de Paraguai x Espanha, ainda neste sábado, às 15h30m, para saber quem será seu rival na próxima quarta-feira, em Durban, pela semifinal. Um dia antes, Uruguai e Holanda decidem na Cidade do Cabo o primeiro finalista.
Gol relâmpagote
A Alemanha parecia com pressa para abrir o placar. Parecia, não. Realmente estava. Com exatos 2m38s no relógio, Schweinsteiger cobrou falta, Otamendi ficou parado, Müller subiu e tocou de cabeça. A bola bateu na perna do goleiro Romero, que estava mal posicionado, e entrou: 1 a 0, gol mais rápido da Copa do Mundo.
Oficialmente, a Fifa arredonda para cima e considera a marca como 3 minutos. O inglês Gerrard fez aos 3m31s contra os Estados Unidos, mas na súmula aparece 4. Agora, Müller está ao lado de Higuaín (Argentina), David Villa (Espanha), Vittek (Eslováquia) e Sneijder (Holanda) no topo da artilharia do Mundial, com quatro gols.

Na arquibancada, a maioria argentina resolveu “jogar” aos 20. Os torcedores pulavam e cantavam, mas os jogadores não correspondiam em campo. Culpa da Alemanha, que tinha uma defesa muito bem montada por Joachim Löw e era perigosa na frente. Como aos 23, quando Heinze se enrolou ao tentar cortar um passe, Müller invadiu a área e rolou para Klose, que bateu por cima.
Apagado, Messi passou a procurar mais o jogo. Maradona viu que Otamendi era o ponto fraco e mandou Di Maria sair da esquerda e ir para direita. Assim, o lateral parou de subir ao ataque e Podolski ainda tinha que se preocupar com a marcação do novo jogador do Real Madrid. A tática deu certo e a Argentina passou a ter mais chances. A melhor foi aos 36. Müller tocou a mão na bola na entrada da área e recebeu amarelo. Na sequencia da falta mal cobrada por Messi, Tevez recebeu sozinho de Heinze na área e cruzou para Higuaín tocar para o fundo da rede. Mas quatro argentinos estavam em impedimento na jogada, bem anulada.
Em 45 minutos, a Alemanha deu dez chutes, mas apenas um na direção do gol: justamente o que resultou no 1 a 0 da primeira etapa. Os argentinos deram nove e tiveram 55% de posse de bola.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário